Só para dizer que estou viva, muito feliz e que estou a adorar a viagem!
O Shi Zi Wang é um espectáculo como guia e do best a regatear!!! (bela viagem hem Diogo?) Está tudo a correr lindamente!
Sobre os chineses e a China muito há a dizer, mas espera-se pelo regresso para o fazer!
Só um pormenor: porque insistem em cuspir para o chão nas alturas e sítios mais inapropriados e, ainda por cima, com um barulho... expressivo... ficaa questão...
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
É oficial! Vou de férias!
Pois é... este blog vai estar parado até dia 5 de Março!
As terras do Império do Meio, da Grande Muralha, da Cidade Proibida,dos Guerreiros de terracota, dos arranha-céus sem fim, dos arrozais também sem fim e de um cantinho que já foi português lá mais para o fim da viagem esperam por mim (e as comidas exóticas também!!cobras...here I go!)
A escala de regresso aparenta ser mais prolongada e em vez das 2h iniciais em solo londrino optei por ficar 48h! :)
Até ao mês que vem!
Lisboa, Abril 2005
As terras do Império do Meio, da Grande Muralha, da Cidade Proibida,dos Guerreiros de terracota, dos arranha-céus sem fim, dos arrozais também sem fim e de um cantinho que já foi português lá mais para o fim da viagem esperam por mim (e as comidas exóticas também!!cobras...here I go!)
A escala de regresso aparenta ser mais prolongada e em vez das 2h iniciais em solo londrino optei por ficar 48h! :)
Até ao mês que vem!
Lisboa, Abril 2005
"Encontrámo-lo caído no chão!"
Lisboa, Julho 2005
Sexta-feira de manhã.
Ligam a dizer: "Encontrámos um sr. já de muita idade caído no chão e sem dinheiro! Não quis ir para o hospital, foi para uma pensão. Não conhece ninguém em Lisboa
Sexta-feira à tarde a história.
É de uma terra no Norte. Tem 78 anos. Saíu do lar para vir tratar de uns assuntos a Lisboa. Os assuntos não são faceis. num dia andou "mais de 22km!" e perdeu as forças. Perdeu o dinheiro que trazia. Perdeu também as roupas porque não podia regressar à pensão onde tinha a dívida.
O resultado? A rua. Um banco na paragem de um autocarro, de onde uma noite caíu e partiu a cabeça.
O Orgulho. Não quer ajuda. Não quer voltar para a terra sem ter conseguido tratar das coisas sozinho. Não quer mostrar a "impotência" da idade.
É sexta-feira ao fim da tarde e não há vagas em albergues. Não há dinheiro para ficar na pensão. Do lar não conseguem dar uma resposta. Os serviços estão a fechar...
No entanto, o fim é risonho: do lar da F. conseguem arranjar um amigo que pague o quarto da pensão no fim-de-semana. Outra instituição leva comida e muda de roupa durante o fim-de-semana. Outra ainda paga na 2ª feira o transporte para a terrinha. O lar vai buscar ao terminal de autocarros.
Só falta motivar e demonstrar que é não é vergonha nenhuma regressar de mãos vazias... Também isso se conseguiu.
Só a solidão dos dias passados numa cidade de mãos vazias e doente é que ninguém lhe tira...
"Estive a pensar...será que me podiam dar o vosso contacto para eu vos escrever uma carta?"
2ª feira às 15h45: Apanha o autocarro no terminal em 7 rios.
Boa sorte Sr. Manuel...
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Lisboa já tem sol...
Lisboa, Junho 2005
Lisboa já tem sol mas cheira a lua,
Quando nasce a madrugada sorrateira
E o primeiro eléctrico da rua
Faz coro c'oa chinela da Ribeira.
Se chove, cheira a terra prometida,
Procissões têm cheiro a rosmaninho.
Na tasca da viela mais escondida,
Cheira a iscas (com elas) e a vinho.
Um craveiro numa água furtada,
Cheira bem, cheira a Lisboa!
Uma rosa a florir na tapada,
Cheira bem, cheira a Lisboa!
A fragata que se ergue na proa,
A varina que teima em passar,
Cheiram bem porque são de Lisboa,
Lisboa tem cheiro de flores e de mar!
Lisboa cheira aos cafés do Rossio,
E o fado cheira sempre a solidão,
Cheira a castanha assada, se está frio,
Cheira a fruta madura, quando é Verão.
Nos lábios tem o cheiro dum sorriso,
Manjerico tem o cheiro de cantigas,
E os rapazes perdem o juízo
Quando lhes dá o cheiro a raparigas.
domingo, fevereiro 12, 2006
Dançando
Guincho, Fev 2006
Dançando
Dançando muito
Dançando solto
Dançando bem diferente
Dançando curto
Dançando torto
Jogando o corpo pra frente
Dançando estranho
Dançando lindo
Dançando muito contente
Dançando funky
Dançando samba
Dançando diversamente
Quero porque quero e não espero para começar
Danço porque danço e não descanso até o sol raiar
Dançando certo
Dançando louco
Dançando contra a corrente
Dançando leve
Dançando brusco
Dançando assim simplesmente
Dançando lento
Dançando justo
Dançando rapidamente
Dançando solo
Dançando junto
Dançando com toda gente
Quero porque quero e não espero para começar
Danço porque danço e não descanso até o sol raiar
Adriana Calcanhotto
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
"A" viagem
Ver televisão:
Habitualmente não vejo Televisão...aliás passam semanas sem a ligar... ultimamente no entanto tenho visto bastante mais. Não os programas que passam na tv portuguesa em particular nem na tv por cabo em geral.
Estou apaixonada por uma série que já sigo há algum tempo mas que parece que redescobri. CSI ou Crime Scene Investigation!!! Agora é só ver os DVD de rajada!!!
Trafaria, Fev 2006
Estou apaixonada por uma série que já sigo há algum tempo mas que parece que redescobri. CSI ou Crime Scene Investigation!!! Agora é só ver os DVD de rajada!!!
Trafaria, Fev 2006
terça-feira, fevereiro 07, 2006
Muitos parabéns V.!
O ser do não-ser... A sombra da luz!
Pratica o não-agir,
Executa o não-fazer,
Saboreia o sem sabor,
Considera o pequeno como o grande
E o pouco como o muito.
Ataca uma dificuldade nos seus elementos fáceis;
Realiza uma grande obra por pequenos actos.
A coisa mais difícil do mundo
Reduz-se, afinal, a elementos fáceis.
A obra mais grandiosa realiza-se
Necessariamente por pequenos actos.
O santo não empreende nada de grande
E pode assim realizar a sua própria grandeza.
Quem promete irreflectidamente raramente cumpre.
Quem julga que tudo é fácil encontra forçosamente muitas dificuldades.
O santo considera tudo difícil
E não encontra afinal nenhuma dificuldade.
Lao Tse (VI AC)
Lisboa, Fev 2006
Executa o não-fazer,
Saboreia o sem sabor,
Considera o pequeno como o grande
E o pouco como o muito.
Ataca uma dificuldade nos seus elementos fáceis;
Realiza uma grande obra por pequenos actos.
A coisa mais difícil do mundo
Reduz-se, afinal, a elementos fáceis.
A obra mais grandiosa realiza-se
Necessariamente por pequenos actos.
O santo não empreende nada de grande
E pode assim realizar a sua própria grandeza.
Quem promete irreflectidamente raramente cumpre.
Quem julga que tudo é fácil encontra forçosamente muitas dificuldades.
O santo considera tudo difícil
E não encontra afinal nenhuma dificuldade.
Lao Tse (VI AC)
Lisboa, Fev 2006
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
O dia de sol!
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
"Queria um lugar para ficar..."
Lisboa, Junho 2005
Subiu as escadas. Ao pé da porta de vidro parou.
Com um saco na mão e o boné na cabeça entrou e pediu: "queria um lugar para ficar, para dormir...".
Coma qualquer coisa, disse eu, (eram 19h) já comi qualquer coisa obrigada, respondeu. Convidei então a sentar, que eu já ia falar com ele, foi o que eu lhe disse.
Sentei-me. Acabou por pedir um café. Enquanto mexia o açúcar explicou:
que tinha de começar por dizer que tinha casa, que vivia com a mulher. Mas que não podia ir para casa...
O problema era o filho...
Era esquizofrénico. E a fúria estava virada contra ele. Mas que não podia chamar a polícia, para ser internado, não tinha agredido... desta vez...
Já tinha havido outras vezes. Ele com uma facada, a mulher com um traumatismo craniano.
O filho ia para o hospital, melhorava, mas depois... depois era o receio outra vez...
E a sua mulher está em casa? Que sim. que o problema desta vez era com ele e que com ela não havia problema. Quando era com ela, ela ia para casa das vizinhas dormir. Ele é que não, é que não podia...
Baixa os olhos...A mão que segura o copo plástico de café treme... os olhos humedecem e não responde... silencia...por fim conta...
Que tem dormido na rua. Num banco da paragem de autocarro, num recanto do jardim...
Que no Domingo ia congelando. Que nunca tinha sentido tanto frio. Que agora 2 dias passados ainda parecia sentir os pés gelados...
Um polícia tinha-lhe dito que ali lhe podiam dar um abrigo.
Respondi-lhe que sim.
Expliquei-lhe para onde podia ir. Não minimizei como o local era, como se podia sentir deslocado...mas também não consegui fazer uma descrição exacta. Como explicar a quem nunca passou por isso e não faz ideia?
Fez um pequeno sorriso e apenas disse: Não há problema...só quero um sitio quente, nem precisa de ter cama...
Sentou-se na cadeira. Acendeu um cigarro, desviou o olhar e ali continuou...
Com o saco na mão e o boné na cabeça...
O sitio mais lindo- parte 3
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