Continuas a adorar números. Passas o dia a fazer contas e relações de quantidades. Deste uma gargalhada quando percebeste que um 3 e um M podiam ser muito semelhantes se rodasses a folha de papel.
Não falemos em papel. Passas os dias a desenhar, a fazer construções de papel, a fazer origamis inventados por ti. E nada pode ir fora, porque aquele pedaço de papel que parece amachucado contém uma história e irá ligar-se a outro papel que aparenta estar amarrotado mas que é muito mais do que isso.
E continuas a dedicar grande parte do teu dia a ver livros, e a brincar com playmobil. Horas.
Tens uma paixão por animais. E falas de tatus e de preguiças, como falas de formigas e de dinossauros. Ah... dinossauros. Fomos no verão ao Dino parque e ainda andas com o mapa do parque. Usas o mapa e brincas com os dinossauros que tens em casa. Eles fazem parte do teu Dino parque versão Costa de Caparica. Sonhas voltar ao da Lourinhã.
Como presente de anos antecipado fomos ao Badoca park. Não sabias para onde olhar. Mas ficaste triste de não ver o teu animal favorito, o leão. Penso que esperavas passar por ele, como quem passou pelas girafas e zebras.
Ficaste triste, mas isso não te entristeceu o dia. Porque tens essa capacidade fantástica de retirar o melhor das situações. E de falar do que te pôs triste. E de dizer, por exemplo, à tua irmã: Não gosto que contes essa história sobre mim. Não me portei bem e fico triste quando a contas.
Devia ter escrito "mana", não é? Porque é assim que a chamas e que soa e ressoa diariamente por onde quer que andemos.
Continuas doce, doce. A querer beijinhos e abraços e a querer dá-los. Costumas dizer que tens um beijinho guardado à espera que eu chegue a casa.
A novidade recente é que finalmente estás a tempo inteiro na escola. E és feliz, feliz. Vens para casa a contar tudo o que aconteceu. Adoras as artes, as atividades de mini-chef, as atividades de vida diária. Ficas feliz pelas conquistas dos teus amigos: Sabes, mãe, o YYY já está a conseguir gritar menos. É bom, não é?
Descobriste como fazer batota a jogar cartas e como isso irrita as pessoas. Tiras partido disso ao fazer tudo com um ar tão meloso que ninguém acredita que estás mesmo a fazer batota ao peixinho.
Continuas uma lapazinha e a adorar colo, mas estás a crescer e o "quero a mamã", já vai sendo substituído por querer descobrir mundo.
Parabéns querido Xavi, são 4 anos!
"Mãe, 4 é mais do que 3 e menos do que 5. Se 4 mais 4 são 8, então 3 mais 5 também são 8, não é?".